Junta de Freguesia de Várzea Junta de Freguesia de Várzea

História


Resumo Histórico

  

        Integrada no concelho de Barcelos, distrito de Braga, a freguesia de Várzea dista da sede concelhia cerca de 6 quilómetros e tem por orago S. Bento, a quem dedicam festas e romarias, todos os anos, nos meses de Março e Julho.

        O topónimo “Várzea” deriva do português arcaico “vargem”. É um topónimo muito comum sob diversas formas, havendo várias delas compostas. Segundo alguns escritores, este topónimo vem de “campina”, o que de facto se encontra de acordo com a localização da freguesia numa campina, junto às margens do rio Côvo.

        O povoamento local é bastante remoto, sendo anterior aos princípios da Nacionalidade. A freguesia de Várzea é bastante histórica, essencialmente do ponto de vista monástico, pois foi nesta povoação que se restaurou no século XI, um mosteiro beneditino que deteve uma grande importância. Apesar de haver quem acredite que o mosteiro foi fundado neste século, este facto parece pouco provável, uma vez que os dados indicam que a sua fundação terá decorrido muito antes do século XI. Consta que o próprio S. Martinho, bispo de Dume, fundou no século VI, mais ou menos no local onde se encontra edificada a actual Igreja Paroquial de Várzea, um mosteiro de monges beneditinos, que foi nos seus primórdios “duplex”, isto é, pertencia a frades e freiras, que viviam separados, e embora rezassem as horas canónicas na mesma igreja, faziam-no em coros separados. A destruição do cenóbio deu-se com a invasão árabe, em 716, ficando entregue ao abandono, conservando-se nesse estado durante séculos, até que em 1110, D. Soeiro Galindes, descendente dos “de Bayam”, o reedificou e povoou de monges beneditinos, que ainda o habitavam no ano de 1330. Julga-se que a primeira referência a este convento de Várzea terá sido feita por Calisto II, num bula de 1120.

        Nas Inquirições de 1220, a freguesia é designada “De Monsterio de Varzea”, nas terras de Faria, e era couto ao qual pertenciam as povoações de Crujães, S. Jorge de Airó, S. João de Gamil, Santa Eugénia de Rio Covo (aqui possuía um casal a Ordem do Hospital), Santa Maria de Moure e Vilar de Frades, onde existia um outro cenóbio que na primeira metade do século XV, foi o herdeiro da igreja de Várzea e suas anexas, com todos os seus haveres, pois com o passar dos tempos, o supracitado mosteiro de Várzea havia caído em tal estado de relaxação e pobreza que se extinguiu e ficou reduzido a abadia secular. Todavia, em virtude do despovoamento da freguesia, por causa das guerras que assolaram o país, os frades de Vilar extinguiram a abadia e uniram-na à e S. Jorge de Airó, ficando a igreja como capela. Mais tarde, deu-se um novo incremento da importância do mosteiro e da população, o que levou a um restabelecimento da igreja, ficando até 1883 a ser um curato do cenóbio, cujo pároco era por ele apresentado, tornando-se desde aquele ano, uma reitoria. A destruição dos últimos edifícios que restavam do mosteiro beneditino ocorreu nas décadas de 50 e 60.

        Destacam-se no património cultural e edificado da freguesia: a Capela da Quinta de Santa Comba, o Cruzeiro e o Nicho do Diabo.

        A população activa residente na freguesia de Várzea distribui-se pelas seguintes actividades nela implantadas: a indústria têxtil, a construção civil e a secular agricultura.


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